Sacudiu, balançou...

by - quinta-feira, março 05, 2015

Quando acontecem coisas desse tipo eu fico me perguntando o que aconteceu com o mundo. Será culpa da sociedade ? Influência de alguma forma ? Será que todos os homens são nojentos desse jeito ? Ou será que esse indivíduo em específico precisa de algumas horas no psicólogo ?

Com certeza o pensamento "foi minha culpa, eu dei margem para esse tipo de comportamento" NÃO se aplica aqui, pois estava eu com meus fone de ouvidos recém encontrados no fundo da necessaire, ouvindo músicas desconhecidas e sentada na janela intrigada com o curso no ônibus.

Percebam que nunca pego a condução que peguei aquele dia e sempre que pego outra que não a habitual, acabo com experiências não tão boas. Claro que o destino tinha algo mais "emocionante" guardado pra mim. Antes de eu contar o que realmente aconteceu, quero deixar claro que em nenhum momento fiquei prazerosa com o ocorrido, mas depois de dois dias, depois de contar para algumas pessoas, matutei um pouco e me ocorreu que já posso rir disso tudo.

Fiz uma entrevista em um lugar e tinha que chegar em pouco tempo no centro, para outra entrevista. Para minha felicidade tanto a entrevista acabou cedo, quanto o ônibus para o centro não demorou. Entrei feliz, achando que iria ganhar tempo pois ainda era cedo, mas não ! O maldito demorou 1 hora e 10 min para chegar, passeei por toda a cidade, só. 

Sabe quando tu está ouvindo música nos fones e não presta atenção ao redor ? No fundo a gente sabe onde tem pessoas, o que mais ou menos fazem, mas é só uma ideia, na verdade a gente não está cuidando. E era assim que eu fiquei por essa hora inteira, mas eu sabia que no banco do lado, depois de corredor, tinha um cara sentado, daquele tipo que tu evita sempre, então nem olhei. Notei que a senhora da frente mudou de banco, a guria que achei que conhecia já tinha descido e o que tal cara as vezes me olhava e tinha alguma coisa na mão, balançando. Meu primeiro pensamento foi que ele poderia muito bem estar sacudindo o pinto pra fora. E ele estava !!!

Choquem, mas isso aconteceu o caminho todo. Todo ! E a babaca aqui só notou quando estávamos perto do centro. Quando eu comecei a desconfiar do cidadão dei uma espiada de canto de olho e vejo aquela coisa mole balançando. Eu fiquei sem reação. Não soube o que fazer. Então, parei para avaliar a situação e:
- Ele tinha um amigo sentado no banco na frente dele.
- Eu era a única mulher na parte de trás do ônibus. O rapaz que estava atrás de mim, já tinha descido e lá na frente tinha mais um senhor, além de cobrador e motorista.
- Se eu descesse, no engarrafamento que estava, ia demorar mais 30 min e eu só tinha a passagem de volta.
- Dúvida cruel: fingir que não vi ou mostrar que vi ?

Susto foi o que aconteceu. Foi como se alguém tivesse chego de mansinho e me empurrado no chão. Felizmente estávamos chegando onde eu pretendia descer, continuei olhando pela janela nesse meio tempo e me arrumei para descer. O senhor da frente da estava em pé na porta e senhora começou a levantar e numa manobra rápido para nem encostar no banco do maluco eu me coloquei a trás dela. Quando eu olho, está o infeliz a trás de mim. Fiz tudo o que pude para encolher minha parte traseira e espiei pra ver se o júnior já estava guardado. Minha única preocupação foi ele querer encostar as mãos em mim.

Nunca um ônibus demorou tanto para estacionar ! Nunca uma senhora demorou tanto para descer dois degraus ! Nunca desci tão rápido ! Nem olhei pra trás !
Depois fiquei pensando, será que ele achou que eu era a mais idiota do mundo e não vi ou ele achou que eu estava gostando do show ? Só me sobraram questionamentos e essa história pra contar.

No fim de tudo tenho três certezas: 1. Ir para o centro sempre rende experiências. 2. Jamais peguem o Vila Jardim, demora e tem tarados. 3. Mostrou, sacudiu, alisou e nem era grande coisa !

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5 calcinhas

  1. Nossa! Fiquei imaginando a cena, coitada de você, nem sei o que faria numa situação dessas.

    Bluebell Bee

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  2. MAS GENTE!
    Isso me lembrou uma vez, quando estava esperando meu pai ir me buscar na catequese (CATEQUESE = eu devia ter uns 13 anos) e um tarado estacionou o carro ali perto na rua e tirou pra fora. AI QUE NOJO! Eu era nova, não sabia o que fazer e só fingi que não vi, rezando pro meu pai chegar logo. Ainda bem que tinha mais gente na rua. Mas sério, o que leva uma pessoa a fazer isso? De novo: nojento. Se fosse hoje, é claro que eu sairia correndo de onde estou pra ficar o mais longe possível. É muito errado quem diz que só acontece com quem dá abertura. Sério, o seu caso é um ótimo exemplo de que isso é um absurdo. No meu caso, eu estava quietinha com os cadernos e a BÍLBIA embaixo do braço. Com toda a certeza, não demos abertura alguma a tarados. ECA.

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  3. Nossa, que experiência tensa, realmente é pra se perguntar o que aconteceu com o mundo. Mas amei esse seu texto e principalmente como terminou! KKKKKKKKK
    Beijos

    catharsists.blogspot.com.br

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  4. Nossa! Uma vez aconteceu comigo de um cara se masturbar "escorado" em mim num ônibus lotado. Não consegui nem gritar de tão chocada!

    Um beijo.

    momentosdelucidezenemtanto.blogspot.com.br

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  5. Meus Deus não sei p que faria se fosse comigo.
    Cada coisa que acontece.
    beijos

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